Bouchea fluminensis (Vell.) Moldenke

Informações da avaliação de risco de extinção

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Informações sobre a espécie

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Notas Taxonômicas

Espécie descrita em Repert. Spec. Nov. Regni Veg. 49: 117. 1940. Conhecida popularmente como "gervão-de-folha-larga" (Minas Gerais), "gervão-de-folha-grande" (São Paulo), "carrapichinho" (Acre), "falso-gervão", "gervão-falso", "gervão-da-folha-grande", "urtiguinha" (Pinagé, 2011).

Potêncial valor econômico

É utilizada como medicamento (Pinagé, 2011).

Distribuição

Ocorre nos estados do Acre, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (Salimena et al., 2013). Ocorre nos municípios de Santana do Riacho e na Serra do Cipó (Salimenta et al., 2009). Existem registros de coleta para os estados do Rio Grande do Sul (M.T. Poloni 3601), Santa Catarina (F.C. Hoehne s.n., SP 24423), Paraná (G. Hatschbach 50645), Tocantins (G. Hatschbach 60404); Distrito Federal (H.S. Irwin 21013), Goiás (J.A. Rizzo 3315) e Espírito Santo (T.S. dos Santos 2061). Existem, ainda, registros de coleta para a Argentina (M.S. Ferrucci 502) e Bolívia (J.R.I. Wood 18986).

Ecologia

Espécie herbácea a arbustiva perene, 1 m a 1.5 m de alt. Folhas verde-acizentadas, flores azul a púrpuras. Desenvolve-se em locais abertos, florestas de galeria, capoeiras próximas a corpos d’água, em afloramentos calcáreos e ambientes semi-áridos, a altitudes de 800 m a 1.200 m (Moldenke, 1974), nos domínios Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia (Salimena et al., 2013).

Reprodução

Floresce em março e de maio a dezembro e frutifica em março, maio e outubro (Moldenke, 1974). Existem registros de coleta com flores para os meses de janeiro (M. Sobral 3254), fevereiro (S. Ginzbarg 694) e abril (G. Hatschbach 38535).

Ameaças

7.1 Fire & fire suppression
Incidência local
Severidade high
Detalhes Na região da Serra do Cipó onde há infestação por braquiária ocorre modificação do regime de incêndios, intensificando-o, tanto pelo rápido acúmulo de biomassa e elevada inflamabilidade das camadas de folhas secas que se acumulam junto ao solo, como pelo fato de bloquear o processo sucessional, que poderia levar a formações de maior complexidade, com retenção de umidade e, portanto, menor susceptibilidade à propagação de incêndios (Ribeiro et al., 2005).

8.1.2 Named species
Incidência local
Severidade high
Detalhes Na região da Serra do Cipó há a presença de espécies invasoras, como Brachiaria decumbens Stapf que apresenta rápido crescimento e alelopatia. É amplamente empregada na formação de pastagens, pois resiste bem ao pisoteio pelo gado e forma cobertura contínua, inclusive em terrenos de baixa fertilidade (Ribeiro et al., 2005).

1.3 Tourism & recreation areas
Incidência local
Detalhes Atividades de passeios em trilhas da Serra do Cipó causam impacto nos solos resultado do pisoteio e uso de veículos (bicicletas, motocicletas, automóveis, etc.) causam compactação do solo, aumentando a densidade e resistência à penetração no solo, mudando a estrutura do solo e na sua estabilidade, perda na serrapilheira e do conteúdo de húmus, redução nas taxas de infiltração, aumento do escoamento hídrico superficial, e aumento da erosão (Pinto et al., 2008).

Usos